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ete governadores e dois vices dos estados do Nordeste assinaram nesta quarta-feira (25) uma carta em defesa da democracia e das instituições. O documento cita que as instituições estaduais cumprirão a missão “de proteger a ordem pública” e de não participar “de qualquer ação que esteja fora da Constituição”.
A nota foi assinada em uma reunião do Consórcio Nordeste em Natal, no Rio Grande do Norte, e conclama a sociedade e as instituições “a uma atitude firme em defesa da legalidade e da paz”, alegando que “somente assim o Brasil terá condições de combater a inflação, o desemprego e a pobreza” (veja a nota na íntegra no fim).
Ao mencionar a ordem pública, os governadores também se referem às polícias militares. Na segunda-feira (23), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afastou um comandante da PM que havia atacado o STF.
Recentemente, gestores de 24 estados pediram, durante o Fórum Nacional de Governadores, uma reunião com o presidente da República Jair Bolsonaro para tentar diminuir a tensão entre os poderes.
A solicitação aconteceu poucos dias depois do presidente pedir o impeachment do ministro Alexandre de Moraes e a Polícia Federal deflagrar uma operação que investiga a incitação a atos violentos e ameaçadores contra a democracia.
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A ata da reunião do Consórcio Nordeste em Natal cita que o governador Flávio Dino, do Maranhão, em consonância com os outros gestores, propôs “posicionamento firme em defesa da democracia e das instituições”.
O governador lembrou o pedido de agenda com o presidente da República, Jair Bolsonaro, durante o Fórum Nacional de Governadores e sinalizou acreditar “que o pedido de agenda será ignorado pelo atual mandatário do país”.
A ata da reunião registra ainda que Flávio Dino relatou “o temor que tem assolado as lideranças políticas deste país e o risco de ruptura democrática, cotidianamente estimulada pelo presidente da República”.
Por isso, “entende que é tempo de expressar publicamente o posicionamento dos governadores do Nordeste contra os ataques, não permitindo que o silêncio prevaleça”.
O governador Renan Filho, de Alagoas, indicou a importância de “agir coletivamente, especialmente para as gerações mais novas, que precisam ser alertadas quanto ao risco que a democracia brasileira tem corrido”.
A ata cita que o governador reforçou a necessidade de lutar contra “a disseminação de mentiras, principal instrumento utilizado para a desestabilização das instituições”
“Os governadores do Nordeste, reunidos em Natal (RN) nesta data, conclamam a sociedade e as instituições a uma atitude firme em defesa da legalidade e da paz. Somente assim o Brasil terá condições de combater a inflação, o desemprego e a pobreza, que crescem nos lares das famílias da nossa Nação.
Reafirmamos que as instituições estaduais cumprirão a missão de proteger a ordem pública e, por isso mesmo, não participarão de qualquer ação que esteja fora da Constituição.
Não permitiremos que atos irresponsáveis tumultuem o Brasil”.